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POLÍTICA || AUSÊNCIA DE GOVERNADOR DO MARANHÃO EM CASAMENTO DE DINO EXPÕE RACHA
ENTRE EX-ALIADOS
Sucessor do ministro do STF no estado, Carlos Brandão veio se afastando de seu padrinho desde que se reelegeu
O ministro do Supremo Tribunal
Federal, Flávio Dino, decidiu tornar pública uma desavença com um ex-aliado, o
governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB). Seu sucessor no comando do estado
e apadrinhado político por anos, Brandão acumula rusgas com Dino desde 2022,
mas que até então ficavam restritas aos bastidores e eram publicamente
amenizadas por ambos.
O ministro não convidou o governador
para um evento no próximo sábado que irá movimentar a política maranhense: seu
casamento com Daniela Lima, com quem tem uma união estável desde 2011, mas não
chegou a fazer uma festa à época. Esta informação foi inicialmente divulgada
pelo portal Metrópoles e confirmada, em seguida, pelo GLOBO.
Antes de ser excluído da cerimônia,
Carlos Brandão se afastou do ministro. As rusgas começaram logo após assumir o
Executivo, durante as eleições da Assembleia Legislativa. Dino havia costurado
um acordo para reeleger Othelino Neto (PCdoB), que é marido de sua antiga
suplente no senado, a hoje senadora Ana Paula Lobato.
Brandão insistiu na candidatura de
Iracema Vale que, posteriormente, fez dois movimentos favoráveis a familiares
do governador: conduziu a votação que tornou o sobrinho, Daniel, conselheiro do
Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA), posteriormente vetada pela Justiça, e
indicou o irmão, Marcus, para a diretoria de Relações Institucionais da Casa.
Este irmão é ponto chave em outro
incômodo entre Dino e Brandão —aproximação do governador com a direita,
incluindo até mesmo o PL. Marcus hoje é presidente estadual do MDB, que abriga
a família Sarney. Desafetos de Dino por anos, o clã esteve com o ministro na
última eleição que disputou, em 2022.
O destaque dado a Marcus prejudicou
um aliado de Dino, o vice-governador e seu ex-secretário Felipe Camarão (PT).
Um acordo inicial previa que Brandão renunciaria para que Camarão pudesse
concorrer ao governo do estado em 2026 já ocupando a máquina.
O governador, contudo, não dá como
certo que quer o petista enquanto seu sucessor e tenta postergar, a todo custo,
a decisão. Quem desponta como favorito para o cargo é justamente seu sobrinho,
Orleans, que é filho de Marcus.
Brandão e Dino tem evitado,
inclusive, encontros. Após terem trabalhado juntos por sete anos, os dois
frequentaram o mesmo ambiente apenas duas vezes neste ano: na posse do ministro
no STF e no casamento do secretário-chefe da Casa Civil do Maranhão, Sebastião
Madeira, no qual ambos foram padrinhos.
Fonte O GLOBO.COM
Da Redação
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