VALENEWS MUNDO || IRÃ LANÇA ATAQUE CONTRA ISRAEL; ENTENDA
O Irã lançou drones
contra Israel, segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), em uma aparente
represália que já era esperada.
As
IDF disseram que a onda de ataques pode levar horas para chegar a Israel, a uma
distância de 1.800 km. As forças israelenses estão em alerta máximo e
“monitorando todos os alvos”.
O Irã prometeu retaliar depois de um
ataque ao seu consulado na Síria, no dia 1º de abril que matou vários
comandantes iranianos. Israel foi culpado pelo ataque, embora o país não tenha
formalmente assumido a autoria.
Pouco
antes da notícia do lançamento do drone iraniano, o primeiro-ministro
israelense, Benjamin Netanyahu, disse que os “sistemas defensivos” de Israel
estão funcionando.
"Estamos
prontos para qualquer cenário, tanto defensivamente como ofensivamente. O
Estado de Israel é forte. As FDI são fortes. O público é forte", afirmou
Netanyahu.
"Agradecemos
a posição dos EUA ao lado de Israel, bem como o apoio da Grã-Bretanha, da
França e de muitos outros países."
Escalada
de hostilidades
Israel
e Irã estão há anos em uma rivalidade sangrenta que virou uma das principais
fontes de instabilidade no Oriente Médio e cuja intensidade varia de acordo com
o momento geopolítico.
As
relações entre Israel e o Irã foram bastante cordiais até 1979, quando a
chamada Revolução Islâmica dos aiatolás conquistou o poder em Teerã.
E embora tenha se oposto ao plano de
fatiamento da Palestina que resultou na criação do Estado de Israel em 1948, o
Irã foi o segundo país islâmico a reconhecer Israel, depois do Egito.
O
Irã era uma monarquia na qual reinavam os xás da dinastia Pahlavi e um dos
principais aliados dos Estados Unidos no Oriente Médio. Assim, o fundador de
Israel e seu primeiro chefe de governo, David Ben-Gurion, procurou e conseguiu
a amizade iraniana como forma de combater a rejeição do novo Estado judeu de
seus vizinhos árabes.
Mas
a Revolução de Ruhollah Khomeini, em 1979, derrubou o xá e impôs uma república
islâmica que se apresentava como defensora dos oprimidos e tinha como
principais marcas a rejeição ao "imperialismo" americano e a Israel.
Os
governantes iranianos consideram o país o "pequeno Satanás", o aliado
no Oriente Médio dos Estados Unidos, que chamam de "grande Satanás",
e querem que ambos desapareçam da região.
Já Israel acusa o Irã de "financiar
grupos terroristas" e de realizar ataques contra seus interesses, movidos
pelo antissemitismo dos aiatolás.
A
rivalidade entre os "arqui-inimigos" já fez um grande número de
mortos, muitas vezes em ações secretas em que nenhum dos governos admite sua
responsabilidade.
E
a guerra em Gaza só fez as coisas piorarem.
Guerra
em Gaza
Desde
os ataques de 7 de outubro de 2023 realizados pelo Hamas contra Israel, e a
ofensiva militar massiva lançada pelo Exército israelense em Gaza em resposta,
analistas e governos de todo o mundo expressam preocupação de que o conflito
possa provocar uma reação em cadeia na região, e um confronto aberto e direto
entre iranianos e israelenses.
Até
agora, tanto Irã quanto Israel vinham evitando elevar a hostilidade e os
combates em grande escala.
Mas
o ataque à sua sede diplomática em Damasco, que deixou 13 mortos, incluindo
alguns dos mais proeminentes altos comandantes iranianos, como o general da
Guarda Revolucionária Mohammad Reza Zahedi e seu adjunto, Hadi Hajriahimi,
bateu forte em Teerã.
O
Ministério das Relações Exteriores iraniano prometeu "um castigo ao
agressor" e seu embaixador na Síria, Hossein Akbari, anunciou que a
resposta será "decisiva".
Desde
então, analistas de inteligência, jornalistas e diplomatas especulavam sobre
qual pode ser a réplica do Irã, com comentários que prenunciam um bombardeio
com drones, ou um ataque cibernético ou naval, ou tudo isso ao mesmo tempo.
A
resposta chegou neste sábado (13/4), com os ataques a drone.
_Noticia em atualização.
Da Redação
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